Voa, voa...

Os versos com parcimônia
Desfilam nas linhas
O garoto que nunca se foi
Faz mais uma travessura
Rouba-me a revoada
Em que andorinhas
Dançavam para viajar ao norte.

De longe, se ri
Desdenha e desconhece.

Fazer da ignorância
Essência de felicidade
É bem comum.
É ela sequaz da Loucura
E que frutos dá esta,
Senão a felicidade
Dos que assistem ao espetáculo,
Dos que ignoram?

Se todo desconhecido
É ciência
É medo
É Deus...
E traz felicidade...
Ando rota, quixotesca, atéia,
Troglodita, sã, sóbria...
... E nem tenho andorinhas
Para evadir-me.




2 comentários:

  1. Quanto tempo não posta, menina. Não deixe de postar seus textos!

    Muito bom esse seu texto, esse eu queria ter escrito, hahaha.Ficou ótima a construção desde o início sem se perder e a conclusão que dá no final sobre como experimenta tudo isso. Muito bom , Gi!
    Saiba que você tem um leitor assíduo.

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  2. Oi, Marco!
    Saudades de você por aqui, amigo! :)
    ... Como assim queria ter escrito?? rss
    As palavras estão em revoada, somos meros transcritores de tudo que já existe em ritmo, em rima e em consonância na vida - tudo que se traduz como poema... Então, transcrevi, mas ele não é meu: é nosso!

    Obrigada por suas palavras, sua atenção...
    Abraços!

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