Sonho II

Acreditava-me besouro
Ser de dura carapaça e insistência
Sem sentir choques
Sem conseguir grandes vôos.

Hoje me sei borboleta
Leve, frágil,
De brilhos e algo bela,
Vida inquieta e efêmera.

Delicada me sabes
Frágil e ágil
Com cores
Pudores e ousadia
Mas não me vês possível:
Contas o numero de montes
e flores entre nós :
Achas intransponíveis.

Vês minha beleza fugaz
E a supões superior
Ao prazer de fato.
Ainda que, de fato,
só acredites no prazer.
Subestimas o alcance de meu vôo
Acreditando que vou ao longe, não em profundidade

Enquanto isso,
Sonho quebrar as redomas em que vivemos.

Foto: Bárbara Hasse

Um comentário:

  1. Oi Gi!! Tab adorei seus poemas. Vc possui uma sensibilidade qu emociona.Bjs carinhosos. Grata pela visita.

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