Decadente

A lua cheia brilha, convida
Ignoro, desconvidada
- À festa só aos pares!
Às mil estrelas cadentes
Que só eu vi,
Deitada naquele pedestal
Com as garrafas se congelando,
Fiz mil pedidos...
Não me acreditaram
Nem os ébrios
Nem as estrelas.

"E eu saí, como quem tudo repele,
- Velho caixão a carregar destroços -
Levando apenas na tumbal carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos."
(Solitário – Augusto dos Anjos)



Nenhum comentário:

Postar um comentário