Havia a mesa, as cadeiras.
E alguém quis sentar-se
E a mesa para um é simplória
E a mesa para dois é forçosa
E a mesa para mais não interessa
E toda a garrafa,
Para um é muito
Para dois talvez
Para mais, uma celebração.
E a palavra,
Para um é loucura
Para dois, desnecessária.
Para mais, exigência.
Mas a porta de saída é próxima
E o teclado mais ainda
E o off não carece de raciocínio
E não existe pesar virtual.
Ele só existe para o que é real.
E a mesa fica para um.
...Ou vazia.
Puxa, que texto bacanérrimo, por que vc não o posta lá no sarau? Tem semelhanças com Ferreira Gullar. Realmente ele traz , no jogo de palavras, uma sensação de desconforto, muito bem feito e sacado.
ResponderExcluirAbçs Gustavo
Obrigada, Gustavo...
ResponderExcluirSinto-me lisonjeada, uma vez que adoro suas poesias...
Já postei esse texto, mas em outro tópico...
Logo, logo escolherei um especial para postar lá!
Abraços!