Inventário

Onde estão teus sorrisos,
Onde está tua voz?
Onde estão teus versos,
Tuas frases em latim?

Pousa em mim os olhos
Usa teus óculos mais adequados.
Coloca-me do avesso,
Abra minhas feridas.

Se encontra aqui tudo
Que deixaste revirado
As chagas abertas,
A alma nudez precipitada.

Faças pelo menos recolher
Os restos que se esfarelam.
Leva seu qualquer sentido-verso-senso.
Eles ocupam lugar que deve ser alienado.

5 comentários:

  1. Giselle:
    Emocionante...deveras tocante...
    Um daqueles poemas que sentimos a emoção do "eu lírico"....angústias muito bem colocadas..sem dramas...com toques ritmicos que dão leveza...
    Adorei!!!!
    Abraços.

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  2. Oi, Nadine!

    Por que não se faz, naquele especial momento, um inventário no coração? Deixa-se sempre um resto para trás, ocupando espaço???

    ...Não!!! Esse espaço deve ser alienado! Contendo seus devidos pertences, livre de fantasmas!!! Rsss

    Obrigada, sempre!

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  3. É verdade... levantar os bens deixados outrora... e abandonar lacunas...ou melhor...preenchê-las...
    Obrigada por sempre estar disposta a levantar questionamentos poéticos comigo..muito me enriquecem...
    Abraços!

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  4. Boa Noite,
    Giselle.
    Cada vez que leio o que vc escreve eu te descubro mais. No que se refere a sentimento, pessoa, e até personalidade. Como foi citado acima esse poema é emocionante...
    Só os poetas conseguem um Inventário de si mesmo é de nós,consequentemente!!! rsrsrs
    Um Inventário no coração e diria na Alma!
    Fantástico!!!
    Abraços!

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  5. Obrigada, mais uma vez pelos comentários, Dulce!

    Abraços!

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