Deixei a pretensão fora do computador: nesta tela, se encontram pensamentos vagos, catarses e confissões... Portanto, deixa-me feliz a visita, o comentário e a generosidade de quem compreende que a criação não carece de títulos, de análises acadêmicas: a criatura pode ser boa ou má, contenta-se em ser liberta!
Fatigant
Onde encontro os olhos?
A espreitar as ondas
E seu infinito caminho
Subtraídos do mundo, espectador?
Âmago intocado
Carcaça fria
Vãos, vãos?
... João-de-barro encerrou a porta
Deixou-se dentro.
Vagar nos pensamentos
Buscar portas para entrar
Janelas para ver
E ser vista
Tarefa interminável de marés
... Somente marés.
Boleros de Nana... ótimos momentos!
Silêncio
As palavras se afogaram.
Todas elas.
Junto delas
Uma música
Flor
Cintilâncias
Diurnas
Noturnas
Um deus
Uma besta.
Mar tragante
Todas elas.
Junto delas
Uma música
Flor
Cintilâncias
Diurnas
Noturnas
Um deus
Uma besta.
Mar tragante
Obscuro fundo
De lama, apodrecidos
Palavras foram ao fundo
Antes, da alma
Agora, entre restos.
Antes, da alma
Agora, entre restos.
Horas e sementes
Viajei a lugares desconhecidos
Mentes, cidades
Pernoitei assentada
Em sonhos irrealizáveis
Em aeroportos, rodoviárias
Com peneira de fina malha
Aparto o que cai
Grãos que me cabem
E sementes errantes
Esse rio
Superficialmente sereno
Profundamente turbulento
Não constava nos sonhos
Moldou-se
Às minhas vistas
Pela goiva, formão
Palavras, desejos.
Mentes, cidades
Pernoitei assentada
Em sonhos irrealizáveis
Em aeroportos, rodoviárias
Com peneira de fina malha
Aparto o que cai
Grãos que me cabem
E sementes errantes
Esse rio
Superficialmente sereno
Profundamente turbulento
Não constava nos sonhos
Moldou-se
Às minhas vistas
Pela goiva, formão
Palavras, desejos.
...não são meus...
Não me faça versos
Eles não são meus
Nem seus:
Posta a palavra,
Torna-se maior
Que quem a escreve
Veste mil almas
Além da minha.
Não me faça versos
Não me serve a fantasia
- Talvez colombina, sem pierrot.
... E versos como esses,
Só podem falar de amor.
Não me faça versos,
Chamariz de tristes passados.
Alados, extremos ou banais:
Encantam-me os atos.
Eles não são meus
Nem seus:
Posta a palavra,
Torna-se maior
Que quem a escreve
Veste mil almas
Além da minha.
Não me faça versos
Não me serve a fantasia
- Talvez colombina, sem pierrot.
... E versos como esses,
Só podem falar de amor.
Não me faça versos,
Chamariz de tristes passados.
Alados, extremos ou banais:
Encantam-me os atos.

Palavras, palavras...
Quero escrever
Daqueles...
Quaisquer ruas,
Desconhecidos,
Amores fictícios,
Política engajada,
Descrição de paisagens
Nunca vistas.
Maduro: sem brotos
Amores fictícios,
Política engajada,
Descrição de paisagens
Nunca vistas.
Maduro: sem brotos
de minhas entranhas.
Sair de mim
O que entra pelos olhos
Entra pelos ouvidos
O que o cérebro confabula
Desviando-se do coração.
Sair de mim
O que entra pelos olhos
Entra pelos ouvidos
O que o cérebro confabula
Desviando-se do coração.

Diálogos
Sem palavras...
http://manicomiojudiciario.blogspot.com.br/2012/03/ausencias-gi-moreira.html
... Jurandir,
Minha admiração, meu agradecimento...
http://manicomiojudiciario.blogspot.com.br/2012/03/ausencias-gi-moreira.html
... Jurandir,
Minha admiração, meu agradecimento...
Monocromia
Sangra
De córrego
A rio revolto
Em leito rochoso
Sereno
Nas grandes quedas
Mancha em delta
O mar é grande
Sangra pelo córrego
Que já é rio
Sangra
De lágrima
A coletor sanitário
O efluente não salga
De todas as nascentes
Lavadas nas pias
Nos chuveiros
Nenhum rio
Sangra
Por prantos.
Foto by John_fobes
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